A NOVA MULHER SE ESCREVE COM BOM SENSO



A nova aparência feminina continua inalterada. Traços faciais emoldurados por cabelos sempre cuidados, sobrancelhas acertadas milimetricamente com pinças, lábios pintados por reluzentes batons, brincos dependurados e colares cada vez mais criativos entre outras demonstrações explicitas de vaidade.
Descendo um pouco mais, notamos que o seios - salvo alguns acidentes de percurso e algumas descompensações no alinhamento - continuam um ao lado do outro - na maioria dos casos - e alguns tantos maxi-siliconados, daqueles que dispensam até os airbags originais dos seus carros. Como os americanos do norte sempre insistiram em chamar estas imensas bolotas, de seios, aqui pelo cone sul passamos a adotar a mesma nomenclatura.
O homem latino sempre teve em relação ao seio uma certa parcimônia, afinal emotivo e muito apegado às lembranças da infância, tem nas recordações maternas o mais puro sentimento relacionando aquele seio bom e provedor da vida. Isto causam –lhes, por vezes, reações paradoxais. Afinal, dizem que onde se ganha a vida não se come à carne. É assim? Não acho que o ditado é diferente, sei lá!
Apesar de que estas rememorações serem muito relativas e pouco consistente, na hora que os instintos de reprodução explodem testosterona até pelos ouvidos. Afinal, se estas coisas de sentimentalismos em relação as nossas infâncias fossem mais forte, a ato sexual ficaria
inviabilizado, pois, todos os homens vêm ao mundo e saindo do mesmo lugar e nem por isso, revelam surtos de inapetência pelo órgão feminino responsável pelo passaporte de suas sobrevivências. Pelo contrário são tão cobiçadas que a própria natureza as escondeu bem discretamente, porque senão nenhum homem sairia de casa para trabalhar! Escondidinhas já são achadas insistentemente, imaginem escancaradas! A natureza é sábia.
Olhando-as de trás - vemos que apesar da mulher melancia exagerar um pouquinho - a visão que nos entusiasma, é mesmo esta parte especialíssima delas, incluída como a preferência nacional masculina. Nem os poetas se atrevem a colocar o bumbum como suas obras eternas de rimas. A não ser os amadores e iniciantes que o fazem de maneira chula!
No entanto, não é por fora que deveremos analisar esta tão discutida e anunciada Nova Mulher e nem inspirados em serie da cinematografia televisiva, pois esta mulher não é moda, não está correndo atrás de audiência. Estão sendo formatadas por seus novos hábitos, usos e costumes, síntese de muito aprendizado anterior que parece lhes colocou no meio termo ideal.
Realmente, a Nova Mulher é jeito interior se ser. Suas ações, preferenciais ou ao portador, parecem estar mais valorizadas na bolsa dos valores sociais e, hoje renascem das cinzas como mulheres menos sôfregas, lamurientas, inseguras, com paranóias ou idéia fixa de casamento como forma de sobrevivência, lar, filhos e cheiro de fraldas usadas de bebes nas mãos, mesmo depois de bem lavadinhas.
Par
ece que aquele bando de mulheres meio perdidas na confusão daquelas mudanças iniciadas nas décadas de 60 e 70, radical nos seus conceitos de liberdade e emancipação assustou o homem e, tiveram até que inventar o Viagra. Afinal o que interessa ser radical e ficar na mão? Homem, realmente foge de mulher-Maguila.
Esta Nova Mulher é o meio termo que aprendeu a ir à luta por espaços sociais e não lutar contra o homem ou a ele querer igualar-se. Após os anos mais frenéticos dos movimentos feministas, parece a que a Nova Mulher foi se esquecendo daquelas lideranças femininas que falavam com voz muito grossa, fumavam charuto, estavam sempre dispostas a partir para a violência e tratavam o homem não como parceiro, mais sim, como adversários.
A N
ova Mulher é sábia. Não quer confronto, admite as posições diferenciadas, não radicaliza segurança nem se deixa levar pela submissão, porém sabe que não devem cometer algumas impropriedades, pois não fazem parte da natureza feminina como:
- Falar palavrões, palitar os dentes, sair dos banheiros dos restaurantes ainda abotoando o zíper, ir aos jogos de futebol de chinelos e ficar com pés enegrecidos, cuspir feito lagarta como se estivesse participando dos famosos cuspe à distância, ter chulé, cheiro debaixo dos braços, mau hálito, fazer gestos obscenos com as mãos daqueles bem conhecidos, discutir no trânsito, berrar na rua, andar feito homem embalançando o corpo feito malandro, fumar, beber e ficar com a boca cheirando a alambique de quinta categoria, viver se jogando nos pescoços dos homens, beijá-los na boca em público para mostrar aos respeitáveis transeuntes que não é um beijo técnico, facilitar excessivamente a transa, transar por modismo, achar que o trabalho é primordial à família, privar os filhos do colo insubstituível, e não ter consciência que o homem até colabora, mas é ela quem educa a ninhada. Não tem saída!
Por outro lado, e absolutamente paradoxal que apesar desta Nova Mulher emergente, nunca se constatou tamanha perda da identidade feminina como atualmente. Mulheres que só têm como ideal:
- Fazer um book para mostrar nas agências, participar de programas que as promovam a pousar nuas em capas de revistas, usar o corpo como matéria de troca, esquecer que pensa, ter com ideal casar com cantores ou jogadores de futebol, acreditar que garota de programa é uma profissão como outra qualquer, pensar que beijar na boca e o mesmo que comer pipoca, dar mole, dar muito e dar errado!
Gostaria de colocar estas contradições para discussão.

3 comentários:

Adao Braga disse...

Parabéns Paulo Tamburro. Fui indicado a ler teus textos aqui pela Beth, do blog Lindo Sorriso.

Outro dia entrei num debate com uma destas feministas de 1968, e os argumentos que utilizei seguiam esta sua argumentação.

Pena que na época, não conhecia este seu texto.

Paulo Tamburro disse...

Adão Braga obrigado, pela visita.Vou ler atentamente seu blog. Agradeça , também a Beth. Retorno

Beth disse...

Moral da historia: a mulher se perdeu na sua feminilidade. Sinceramente, acho que temos o poder de sermos tantas numa só...sem perder o tom.

beijos