DIÁLOGOS DE UM CONSULTÓRIO, OU PERU SOMENTE DAS PENAS !


Porque as pessoas se casam?
Em principio parece uma pergunta despropositada, mas levando-se em consideração que os casamentos atuais duram em média quatro anos, achamos que seria relevante examinarmos esta questão de forma objetiva.

Pronto, já estamos no lugar próprio.


No consultório de um terapeuta, uma bela mulher, deitada no fatídico divã do seu psicanalista e divorciada há um ano, sofre as torturas inquisitórias do processo terapêutico.

Pergunta-lhe o terapeuta:


-Mas, por que você se divorciou com apenas seis meses de casamento?




-Doutor, na realidade eu nunca me casei.Na verdade eu não agüentava mais era aquela cama desgraçada,aquele colchão de molas, me machucando as costas a noite toda, no qual eu dormia na casa dos meus pais.

Dormia mal e acordava um bagaço.



Aí conheci um rapaz que me levou para um motel e quando eu deitei naquela cama redonda, comecei a chorar.
Ele sem entender nada perguntou o que era e eu respondi, mentindo que estava muito emocionada, com aquele momento.
Ele abraçou-me e beijou-me. Mas na verdade eu estava chorando era de ódio da diferença entre aquele colchão que me fazia sentir-me nas nuvens e aquele meu colchão de molas que parecia uma cama de faquir - respondeu entre soluços!
-Então você casou para trocar de colchão?
-Não, eu não seria tão leviana a este ponto.


É que além do colchão, existia em cima da minha cama uma goteira que toda vez que chovia eu tinha que abrir o guarda chuva.
-Como assim abrir o guarda chuva?- pergunta o terapeuta espantado!
-Pois é. Meu pai sempre foi muito pobre e nosso telhado era mais pobre do que ele.
-Mas, veja - tenta ponderar o terapeuta - estas coisas se resolvem - quando é interrompido...
-Se fosse só isto eu não teria casado com o Tertuliano.
-E porque você casou com o Tertulianao? pergunta o terapeuta já quase maluco.
-O Sr. Já comeu macarrão?
-Eu adoro massa, minha filha...
-Eu não perguntei massa, eu disse especificamente, macarrão.
-Sim eventualmente, como uma boa macarronada aos domingos.
-Pois é, eu comia macarrão de domingo a domingo.Se eu na casasse minhas trompas iriam entupir de macarrão
-Olha, eu não estou aqui para julgá-la, mas, é difícil acreditar que alguém possa se casar por causa de um colchão que espeta, uma goteira e do macarrão.
-E quem é que disse que era só isso?
-Tem mais?
-Tem sim senhor.O Senhor gosta de musica?
-Gosto
-Funk?
-Dificilmente.
-Pois é, o garoto meu vizinho ,começava a escutar a Tati Quebra Barraco de manhã e só terminava lá para meia noite.Outra coisa, o senhor tem medo de chuva?
-Não, medo não, mas tenho receio de chuvas muito fortes...
-Então, quando começava a chuviscar eu já ficava em cima da mesa.
-Alguma simpatia? Promessa?

O quê? Minha casa enchia mais que o estádio do maracanã em dia de clássico.
-Mas. Você não amava seu ex-marido? Nem um pouco?
-Olha, vamos cair na real? Quando eu casei com ele, eu queria me livrar era destes incômodos mais imediatos e minhas amigas que sabiam da minha situação me disseram que no máximo em um ano eu já estaria gostando dele.
-Mas o casamento terminou em seis meses...
-Pois é. O senhor é um ótimo terapeuta, esperto e pensa rápido.Não deu tempo, né?
-E agora você mora com quem?
-Com o colchão da minha sogra, quer dizer: com a minha sogra.(risos de ambas as partes).


O colchão da cama dela é de penas de peru. E é uma pena – desculpe o trocadilho - que de peru, naquela cama, só tenham as penas do colchão da minha sogra! Entendeu?