A DIETA DA MODA.

                          

Vivemos numa era moderna e pródiga em fórmulas, receitas, métodos e dietas de todas as denominações desde as mais simples como a dieta do ar até as mais complexas, tipo: Substitua a comida pela luz solar.
O mais extraordinário é que nestas dietas milagrosas, o que antes podia, agora não pode mais, e o que pode, só pode se puder ser, nas condições diferentes da época em que podia.
Difícil, não é?
Ora, então não pode!!!  Pra não dizer outra coisa.
E os extremistas das dietas?
Nossa é uma legião absurda de gente seguindo as orientações das pessoas menos recomendadas a partir inclusive das suas próprias experiências como, por exemplo, a daquela nutricionista que pesava cento e vinte e sete quilos e naquele auditório de gente que não tinha o que fazer, ensinava a dieta: Como não passar dos 68 quilos. E aquela enganadora, ainda tinha escrito um livro sobre o mesmo título.

Entusiasmada por nesta nova onda de maneiras infalíveis de ter sempre um corpo cem por cento perfeitos, com aquilo no lugar certo e aquilo outro também, que Selenia Albuquerque uma mulher muito exigente com sua estética, foi fazer um curso que segundo anunciado em jornal de grande circulação nacional seria rápido e objetivo.
E lá foi ela.
Bem vamos ser objetivos: o curso rápido levou oito meses e ao final de todos os relevantes ensinamentos ali absorvidos por ela, foi pela primeira vez a um restaurante.
Sentou-se e o garçom lhe deu o cardápio, o que ela recusou e dirigindo-se para o profissional gentil e sorridente disse:
-Por favor, traga-me quatro copos e duas taças...
-Pois não senhora e o que mais?
-Traz também uma jarra com água sem ser gelada, outra gelada, por favor.
-Pois não senhora – disse o garçom mais desconfiado do que aquele cara que é casado como uma mulher muito gostosa, pois, sabe que uma mulher muito gostosa é igual à melancia e nenhum homem consegue comer uma melancia sozinho.


-Só garçom. Hoje vou fazer uma ingesta variada em variados tipos de copos e taças, de águas em temperaturas misturadas aleatoriamente desde as mais tépidas, leves e sutis até aquelas com a temperatura que não ultrapasse a vinte e dois graus centigrados, conforme aprendi.
-Vai querer termômetro, senhora? - Perguntou o garçom explodindo de raiva por dentro.
-Não obrigada.
E ao sair, pensou o garçom, consigo mesmo que, ela bem que poderia ter pedido um termômetro para enfiar no rabo!